sábado, 26 de setembro de 2015

Notícias da Vida Alheia

                                                 Notícias da vida alheia
O telefone tocou e Esméria correu a pegá-lo sobre a mesa da cozinha não sem antes enxugar as mãos molhadas onde lavava a louça do jantar. Sentou-se e atendeu a comadre Andrina.
- O que foi, que aconteceu?
- A Ermelinda vai viajar e vai deixar o marido dela em casa, já viu né? Os ratos vão tomar conta com aquela empregada dela metida a gostosona... Cala-te boca!
- Quem contou?
- A Mariuza, e a Leonice confirmou que ouviu dela mesma...
- E ela vai para onde?
- A, vai para a casa da filha com certeza, aquela também não larga a barra da saia da mãe... Não sei por que a Ermelinda criou a filha tão mimada e cheia de vontades, é claro que só podia dar uma péssima dona de casa, imagina quando nascerem os filhos? Vai trazer para a avó criar... Hahahah deusmelivre!
- Olha, vou desligar que estão tocando o interfone. Xau!

Dia seguinte Esméria encontrou na feira a amiga Dasdores que lhe disse e garantiu que a Ermelinda estava se separando do marido, o Aprígio, também aquele ninguém merece, né amiga? Namorador, cachorro, vagabundo... E que ela ia para a casa da filha... Saiu desesperada...

A tarde ia pelo meio e o condomínio todo já sabia que o Seu Aprígio, aquele sem vergonha, cachorro, vagabundo, foi pego em flagrante com a empregada metida a gostosa na cama do casal e a Ermelinda pediu a separação na hora, e foi para a casa da filha que está grávida, aquela mimada que nem sabe cozinhar um feijão com arroz e jamais varreu a casa, chamou a mãe para cuidar dos netos...
Afff este povo fala cada coisa...

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Um rosto na areia...

Bom dia sexta-feira que amanheceu chovendo, sem luz e sem cor.
Dia de orar muito e pensar nos acontecimentos da semana, porque o nosso lindo Planeta Azul está sofrendo convulsões, está doente vomitando todo o veneno nela implantado por atos e pensamentos de todos nós.
Nossos irmãos de outras terras estão desesperados de dor e aflição ao se sentirem impossibilitados de viverem nos seus lugares de origem pedindo abrigo e sendo rechaçados como ratos e morrendo pelo caminho em total desespero.
São milhares de criaturas que se arrumam e saem de casa como se fossem passear no shopping e não chegam aos destinos pela ânsia do dinheiro do Grupo estabelecido. Sim, dá para ver isso nas fotos, eles são pessoas de bem, não são miseráveis que perambulam pelo mundo, estes também precisam de nós, mas no momento estou me referindo a essas pessoas que perderam todo o resultado de anos de trabalho pelas tristes circunstâncias. Isso me lembra a “Fuga de José e Maria do Egito”, quando fugiram e não foram aceitos por ninguém por onde passaram indo se alojar entre os animais para nascer o maior ser que esteve entre nós; Jesus!
 Quantas das mulheres grávidas que procuram abrigo nesse êxodo trazem no ventre um ser de luz que poderá fazer a diferença e trazer a Paz entre os homens? E o que dizer das crianças como o menino que foi encontrado morto à beira do mar com o rostinho na areia, do irmãozinho dele e de tantos outros meninos e meninas? O que o destino reservava para ele? Nunca saberemos, mas que estas mortes possam tocar o coração das pessoas de bem, oferecendo abrigo e trabalho.
Quantas salas e casas vazias têm por este mundo que poderiam servir de abrigo temporário até que essas pessoas se acalmassem e retornassem à vida? Por que seus donos não disponibilizam esses imóveis? Não é preciso colocar pessoas estranhas dentro de casa se não quiserem, mas ajudem de alguma forma. Será que ficariam mais pobres se o fizessem?
 Existem mil maneiras de ajudar e uma delas é orando para que não percam a fé e consigam vencer mais essa prova em suas vidas.
Então vamos orar!
Deus os abençoe a todos e que a morte do menino Aylan Kurdi, representando a todos os nossos irmãos refugiados,  não seja em vão. Vamos fazer a nossa parte para mudar o mundo...

                                              Um rosto na areia para sensibilizar o mundo. 
Bom dia, se você puder...

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Sobre Generosidade



Sobre a generosidade.
Observando atitudes me deparo com pessoas muito ciosas do seu tempo em termos financeiros, tipo; “tempo é dinheiro” e levam isso ao extremo.
Até concordo com essa atitude quando estamos trabalhando ou a serviço, mas e aquele tempo ocioso que usamos para olhar o mundo, o nada? Não podemos oferecer de graça para alguém? Fazer um bem, um agrado com alegria a alguém que se gosta?
Será que tudo tem de ser calculado em termos financeiros, em tempo/dinheiro? E onde fica a generosidade, a gentileza, o carinho por alguém?
Não penso assim. Gosto e tenho prazer de fazer algo para alguém, sempre gostei de ver o brilho nos olhos e o sorriso de felicidade pelo meu trabalho, isso não tem dinheiro que pague, até por que quando morremos só levamos o que não cabe no bolso.
É muito bom sentir o nosso coração batendo mais forte na expectativa de ver a pessoa receber nas mãos nosso trabalho, nosso tempo e nosso carinho. Isso não tem preço.
Quanto do seu tempo você está doando?
 Quanto de alegria você vai levar quando for embora da terra?

Doe de si e será mais feliz, hoje e sempre.